segunda-feira, 7 de maio de 2012

Martha Medeiros



Toda mulher é doida. Impossível não ser. A gente nasce com um dispositivo interno que nos informa desde cedo que, sem o amor, a vida não vale a pena ser vivida, e dá-lhe usar nosso poder de sedução para encontrar “the big one”, aquele que será inteligente, másculo, se importará com nossos sentimentos e não nos deixará na mão jamais. Uma tarefa que dá pra ocupar uma vida, não é mesmo? 

Mas além disso temos que ser independentes, bonitas, ter filhos e fingir, às vezes, que somos santas, ajuizadas, responsáveis, e que nunca, mas nunca, pensaremos em jogar tudo pro alto e embarcar num navio pirata comandado pelo Johnny Depp, ou então virar uma cafetina, sei lá, diga ai uma fantasia secreta, sua imaginação deve ser melhor que a minha. Eu só conheço mulher louca. 
Pense em qualquer uma que você conhece e diga se ela não tem ao menos três destas qualificações: exagerada, dramática, verborrágica, maníaca, fantasiosa, apaixonada, delirante. Pois então. Também é louca. E fascinante. Todas as mulheres estão dispostas a abrir a janela, não importa a idade que tenham. Nossa insanidade tem nome: chama-se Vontade de Viver até a Última Gota. 
Só as cansadas é que se recusam a levantar da cadeira pra ver quem está chamando lá fora. E santa, fica combinado, não existe. Ma mulher que só reze, que tenha desistido dos prazeres da inquietude, que não deseje mais nada? Você vai concordar comigo: só sendo louca de pedra." 


quarta-feira, 2 de maio de 2012

Atitude




É  a lei do não se importar, quase um estado de letargia, simplesmente não ligo mais, é questão de não guardar nada aqui dentro pra seguir em frente, seguir em paz. Chega de guardar magoa, pois quem guarda esses tipos de sentimentos no coração ainda não esqueceu nada, só finge. Busco essa evolução assim que abro meus olhos todas as manhãs. Procuro seguir, somente seguir e mais nada. Não interessa os "ainda", os "quase" e os "talvez", o que eu quero agora é paz, é descanso mental, porque o resto não me serve mais, não adianta mais pensar... nem querer...


May be  everyting was a deam. nothing else. I wish it had been true.